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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O primeiro beijo a gente nunca esquece


O que é o “ficar” que os jovens fazem atualmente?

Pelo que concluí observando o comportamento de filhos de conhecidos, o “ficar” nada mais é do que a banalização do beijo. Beija-se, beija-se e beija-se. Pena que seja assim, o beijo estando banalizado qual será o próximo gesto a ser desvalorizado pela próxima geração? Não se surpreenda.


Lembro que uma das primeiras festas que fui aconteceu num apartamento aqui na Vicente Machado, aonde hoje tem o Tribunal de Trabalho. Eu era muito novo, quem sabe com dez anos então, não ambientado na festa que era de uma pessoal mais velho fui comer uns brigadeiros escondido no corredor do prédio. No local presenciei um casal que trocava um beijo ardente. Eu nunca mais esqueci daquela cena. Foi a primeira sensação de excitação que tenho lembrança. Saí desta festa pensando em quando teria a oportunidade de beijar uma moça daquela forma. Não era usual ver casais beijando-se daquela forma em público.


Demorou uns quatro anos até que eu conseguisse realizar meu sonho. Foi com uma namoradinha que consegui, vizinha de meu tio, morava lá na Santa Cândida, longe pra cacete, mas afinal o que não se faz um beijo?
Chamava-se Regina, lembro de seu sobrenome, mas não cometerei a sandice de torná-lo público, vai que o maridão dela lê o blog. Talvez não tenham sido os melhores beijos que recebi e muito menos os que dei, mas por serem os primeiros foram inesquecíveis, havia um ritual de proteção para conseguir a façanha, tinha que ser escondidinho e rápido para que primos, amigas e amigos não desconfiassem. E assim os primeiros beijos tiveram a mesma importância que outros gestos que acontecem numa relação.


Será que continua assim? A medida que as pessoas fazem competições para saber quem beija mais numa única noite, que importância tem o beijo?

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