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quarta-feira, 23 de março de 2011

Contra o bullying o ideal é porrada


Sei que educadoras e educadores vão me recriminar por estar postando isto. Ontem no jornal apareceu um vídeo gravado na Austrália em que um menino gordinho que sofria agressões de um pirralho na escola perde a cabeça e atira o colega (se é que se pode chamar de colega) no chão como um saco de batatas atirado de um caminhão.

Querem saber? Adorei o que o gorducho fez com o dentuço. Adorei porque fui uma criança gorda, apesar de não me lembrar se sofri discriminação, sofri muito e sei o quanto é difícil conviver com os outros sendo motivo de chacotas e brincadeiras.


Vou contar a vocês o que aconteceu com minha filha Giusy e também deu certo, resolvido com a minha psicologia de estádio de futebol aplicada. Não me lembro bem em que série ela estava, aconteceu que ela começou a voltar para casa chorando. Reclamava que um grupo de amigas lideradas por uma japonesinha fazia constantes ameaças de bater nela. Giu que na época era gordinha, tal qual o pai fora, tinha este incomodo todos os dias quando tive uma idéia.
Lembro bem, eu e Luciano começamos ensinar Giu a bater, dar porrada mesmo como fazem os meninos. Foram alguns dias em que ficávamos no quarto ensinando-a a dar socos como deve ser e não como costumeiramente as meninas fazem. Enquanto isto as ameaças prosseguiam. Até que um dia quando vi que ela já estava bem treinadinha dei a ordem.
A ordem era a seguinte: Quando a “japoronguinha” vier te ameaçar dizendo que vão te pegar ao final das aulas você diga que não será preciso esperar o fim das aulas e desse o cacete nela sem dó que com a diretoria da escola me entenderia eu.


Foi o que aconteceu, lá foi a nossa Giu toda confiante para a escola, e como a situação se repetia diariamente, foi o que ela fez. Deu um pau na menina, a nipônica ameaçadora pelo inesperado da reação nada fez sendo socorrida pelas amiguinhas.
Já sabem o que aconteceu, não é? Dia seguinte veio aquele bilhetinho da escola e lá fui eu cheio de razão contar o que tinha acontecido para o coordenador e para a mãe da ameaçadora oriental. Fui convincente e nada sobrou para Giu, nem uma anotação no livro de ocorrências além do que ela ficou tida como poderosa no meio das amiguinhas, conquistando um monte de amiguinhas novas (e alguém estava a fim de apanhar?)


Creio que fiz o correto, ao que me consta minha filha Giusy  hoje adulta não resolve seus problemas na porrada. Por mais que as pessoas defendam o entendimento, o diálogo e a compreensão existem situações que o uso da força faz-se necessário. É como se justificam os investimentos em armas pelos mais poderosos exércitos: “É preciso estar preparado para a guerra para garantir a paz”.

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