Passei em frente ao laboratório Frischmann Aisengart agora à tarde e lembrei-me de uma estória bem interessante. Noves fora que minha mãe adora ir lá por conta dos “biscoitinos” que ela leva na bolsa para casa depois de cada exame, coisas da nona Pina.
Quando nasci meus pais trabalhavam duro no restaurante da família. O velho na cozinha e minha mãe auxiliando tanto no atendimento do balcão como cozinhando. Por conta desta situação não podiam deixar este rebento desmamado. Contrataram uma babá para cuidar de mim. Dona Lurdes, na época uma solteirona que passava suas horas a zelar pelo meu bem estar enquanto meus pais davam duro danado.
O tempo foi passando e dona Lurdes ficando conosco não tinha parentes próximos por aqui, e assim sendo dávamos uma assistência a ela. Idosa, certa vez precisou fazer exames. Pela manhã cedo colheu material (xixi, coco) e fomos ao laboratório entregá-los assim como fazer a coleta de sangue.
Nos potes para coleta existe um espaço para identificação. O que ela não preencheu. No que chegamos à recepção do Frischmann Aisengart, feitas as solicitações, a atendente pediu a dona Lurdes para colocar o nome nos potes. Foi o que fez entregando os potes para a recepcionista em seguida. No que recebeu os potes a moça desandou a rir.
Preocupados com o que acontecia fomos ver o assunto. Às gargalhadas ela nos mostrou um dos potes. Estava escrito assim: “Bosta”.
Dona Lurdes que na sua singularidade ou pela idade avançada entendeu que era para escrever o que continha cada pote quando precisava escrever apenas o seu nome. Deu nisto. Estória gostosa de relembrar, além desta passagem guardo muito do carinho com que minha mãe preta cuidou de mim. Que Deus a tenha em bom lugar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.