Páginas

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal e um ótimo 2011

Soubessem vocês do prazer que tenho em escrever quase que diaramente neste espaço. Estes diasestava eu a analisar os dados de visita do blog, vocês dem não creditar mas no ano tive pouco mai de onze mil e trazentas vistas. "ONZE MIL!" Caraca, fiquei espantado e ao mesmo tempo me dei conta da responsabilidade em manter esta página no ar. Nada mais fica do que a obrigação enorme de agradecer por seu prestígio, sua pacência, sua boa vontade. Teremos uma parada para as férias.Estarei na minha casa de praia  talvez não tenha oportunidade de atualizar o blog com a frequência que gosto, mas farei o possível.  Desejo tudo de bom para você, leitor. Voltarei ano que vem. Um beijo em seus corações.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A idade de meu pai

Hoje é uma data muito importante para mim. Não por ser meu aniversário, mas porque completo cincoenta e um anos. Exatamente a idade que meu pai tinha quando morreu.



Por muito tempo temi alcançar este patamar, achando que meu prazo de validade estaria no limite. Besteira, vai que minha genética esta ligada à minha mãe que beira os noventa anos com uma saúde espetacular. Hoje posso dizer que meu pai se foi muito cedo, eu ainda não me situo como um senhor com mais de cincoenta anos, às vezes me pego pensando como um inexperiente em tantas coisas. Será que ele sentia-se assim também? Ele teve lá os seus problemas que não são como os meus que começaram exatamente quando ele desapareceu. O modelo de homem que deveria ter vivido mais com meu pai se foi quando tinha apenas oito anos, o restante que aprendi foi na base do "me contaram", é estranho. Faltou muito exemplo do velho italiano de anel de mafioso em minha vida.
Falar sobre isto agora é estranho porque entramos na seara do "se", e como bem disse em outra oportunidade o "se" não existe. Fato concluido é que sou muito feliz, pois se a vida me impôs perdas e ganhos isto acabou me forjando de maneira a saber conviver como sucesso assim como levantar-me na queda. E assim segue a vida com seus encontros e desencontros, subidas e caídas, risos e lágrimas. Não tenho dúvidas que assim será até o final.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

DNA De Luca

Recebo mensalmente um jornal que conta noticias da Família De Luca. Tento em vão encontrar algum parente (preferencialmente que seja milionário) mas não consigo. A impressão quer tenho é que meus pais germinaram em algum lugar da Itália sem ter tido antecedentes. O fato de ter nascido quando eles já tinham idade para ser avôs e também pela distanciamento imposto pela imigração ao Brasil deixaram órfão de família.



Não conheci os pais de meus pais, os pais de meu pai morreram logo depois de seu nascimento, devo isto a Adolf, o Hitler mesmo; coisas que uma guerra proporciona e influencia profundamente a vida das pessoas. Vim a ter vínculo com meus tios e primos por parte de mãe com um pequeno detalhe, minha mãe só é irmã por parte materna uma vez que seu pai morreu e minha avó casou-se novamente tento mais quatro filhos. Uma confusão.


Esta organização da Família De Luca reúne pessoas descendentes de um ramo do norte da Itália, que não tem nada com os De Luca do sul da Itália, lembro ainda que existe um ranço muito grande entre os italianos do norte e os do sul. Soa como uma heresia querer me aproximar desta gente, se a máfia souber serei eliminado.


Por tal razão gosto de observar a família dos outros, acho lindo as que cultivam seus laços familiares gerando tradição aos seus descendentes, ocorre muito isto na família da Kátia. Seus pais tem o maior prazer em reunir seus filhos e netos sistematicamente fortalecendo vinculo entre todos. Tomarei como exemplo suas atitudes e tentarei copiá-la um dia, com meus netos quem sabe.


Enquanto isto vou pesquisando em jornais e sites, tentando encontrar algum parente com vínculo de sangue. Algum De Luca esta lendo esta mensagem?

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Viva Bia!


Ontem, fazendo uma coisinha banal depois do pastel de feira, vibrei como há muito tempo não vibrava diante da televisão. Assisti o desafio de kart que todo ano reúne pilotos de várias categorias em Florianópolis.
Estavam lá, como de costume, a elite dos competidores nacionais e convidados estrangeiros que levam nossa bandeira pelo mundo afora. Este ano o alemão Shumi não veio, logo ele que não perde esta oportunidade. Em seu lugar, largou na décima primeira posição, uma mulher, a corredora da Formula Indy Bia Figueiredo.
Esqueci do alemão. Esta mulher deu um show de habilidade e perícia, um a um foi deixando para trás marmanjos com experiência internacional em grandes categorias como Massa, Sena e Barrichelo. Acabou vencendo a prova num final emocionante, contagiou a torcida.
Dada a bandeirada final, Bia parou seu kart na pista, tirou o capacete, a balaclava e soltou seus cabelos deixando à mostra um belo par de brincos que adornavam seu belo rosto, um toque feminino com competência e beleza no mundo dominado pelos homens. Adorei, Bia Figueiredo ganhou mais um torcedor.
Depois fui à pesquisa na internet e descobri que nos Estados Unidos já tem uma corredora chamada Danica que faz o maior sucesso por lá. Quem sabe não estamos presenciando o surgimento de um novo ídolo (ou seria ídola) no cenário nacional? De qualquer maneira em dois mil e onze quero Bia na Ferrari.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Pé de Chinelo


Já pararam para pensar de que dentro da indumentária humana os chinelos são muito mais importantes do que os sapatos?

Não me lembro de ter tantos sapatos importantes como chinelos em termos de moda. Vejamos. Os chinelos já possuem vários ícones que vão e voltam ao contexto da moda.


Se bem me lembro começamos com os chinelos Havaianas, quem não teve um destes levante à mão. Talvez tenha sido este modelo de chinelo que tenha inspirado a expressão “Pé de Chinelo”, pois foi feito para adornar os pés pobres da sociedade. Assim ficou por um bom tempo, andou sumido e retornou triunfante nas vitrines de lojas espalhadas pelo mundo. Eu disse “mundo”, já vi Havainas à venda na Itália por módicos vinte e seis euros. Agora mesmo há uma campanha na TV sugerindo a marca para ir a balada. E quando imaginávamos em ir a uma festa de chinelos?


Depois veio a famosa fase do chinelo Rider, que existe também até os dias atuais. Vendeu como água, era o chinelo usado por astros esportivos em seus momentos de folga. Tinha um inconveniente. Depois de um tempo adquiria um cheiro horroroso, um “budum” digno dos pés de atletas.


E recentemente apareceram os Crocs, chinelo borrachudo, macio, que deixa seu pé com aparência de pé de palhaço, mas muito gostoso. Os Crocs são bem transados, as crianças adoram, pois eles vem preparados para serem customizados com adornos mil.


Independente da época, fato que não tem coisa mais agradável do que chegar em casa após um dia de trabalho com sapatos e liberar-se num chinelinho básico. Como é bom ser “Pé de Chinelo” nem que seja por algumas horas ao dia.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Rosanna, minha irmã, faz anos

Hoje minha irmã completa mais um ano de vida. Claro que não cometerei a indelicadeza de divulgar a idade de uma dama, ainda mais se tratando de minha irmã mais velha com poderes sobre mim. Mas contarei um pouco de nossa historia.



Minha mãe, a Dona Pina, casou-se na Itália. Sua primeira filha nasceu lá, depois vieram mais quatro gestações infelizmente frustradas, a vida e os acontecimentos foram passando muita coisa aconteceu neste lapso de tempo e por fim a família transferiu-se para no Brasil. Numa ultima tentativa de ter mais um filho nasceu esta jóia rara que ora escreve este texto.


Como diz minha mãe, ela tem filhos de duas bandeiras, uma nascida na Itália e outro nascido no Brasil. Porém, vejam como são as circunstancias, minha irmã nascida no paraíso de Capri adotou cidadania brasileira e eu rebento gerado e parido nos trópicos tenho cidadania italiana, fato que não é lá grande privilégio dada à facilidade de entrar e sair do país da bota.


Minha irmã candidata a miss, modelo publicitário, advogada, jornalista, representou na sua época tudo o que as mulheres buscavam em termos de conquista de seus espaços, deixou meus pais plenos de orgulho. Tornou-se mãe e agora avó, três filhos e três netos. Hoje nos recebe para um almoço comemorativo a maneira que mais se sente bem, tratando a todos como uma verdadeira anfitriã mediterrânea. Nestas horas tenho saudades de meu estomago GG.

Por mais que uma geração nos separe em termos de idade, não sei o que seria de minha vida sem uma irmã. Foi ela que me acolheu quando Dona Pina descobriu que o adolescente Renato roubava o carro para ir as boatinhas do Juventus (Meninos não façam isto), é claro que não cometeria a sandice de voltar para casa pelo menos por uns dias enquanto a fera do mediterrâneo não se acalmasse. Foi ela quem deu apoio e tentou consertar a ca... que fiz. Coisas que só irmão pode fazer pode você. 


Um beijo no seu coração, minha irmã. Parabéns!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Cinemas de Curitiba - Cine Arlequim

Bom dia! Semana começa encharcada, né?
Alias um dos melhores dias para ir a uma sessão de cinema é dia chuvoso desde que não chova dentro do cinema. Concluindo nosso giro pelas salas de cinema do centro da cidade vamos apresentar hoje o Cine Arlequim.


Pouca gente deve lembrar-se desta sala, ela não teve muito glamour a não ser por ter exibições com preços populares. Se é que podemos denominá-la desta forma, ela era a sala “underground” dos cinemas localizados no centro da cidade.


O Cine Arlequim ficava na Candido Lopes, logo no início, perto da biblioteca aonde hoje tem uma Loja Americana. Tinha lá suas particularidades além do publico que a freqüentava. Lembro que o interior da sala era em desnível, formado por um tablado em madeira, então a gurizada fazia o seguinte:
Sentávamos nas ultimas fileiras, quando apagam as luzes tirávamos dos bolsos um arsenal de bolinhas de gude, fazendo com que as bolinhas rolassem pelo piso elas terminavam por bater no anteparo da tela que também era de madeira fazendo um curioso ruído, parecia-se com um trem. Muito divertido o que inevitavelmente se transformava num griteiro danado da distinta platéia. Outra pratica interessante era o campeonato de arrotos. Valia tudo, até tomar uma Gasosa Cini sozinho antes de começar o filme. Mal criadas, mas agradáveis lembranças.
Não me perguntem dos filmes que "não" assisti lá.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Cinemas de Curitiba - Cine Lido

Chegamos ao Cine Lido. Esta sala tinha uma característica interessante, eram seus balcões, além da platéia você podia assistir ao filme do primeiro, segundo ou terceiro balcão, era uma sala verticalizada se é que podemos defini-la assim.



Em frente ao Lido havia uma pastelaria cujo dono ou filho dele, não me lembro muito bem, era campeão de caratê, e povoavam mil lendas a respeito da sinistra lanchonete. Porem, o que mais marcou o Cine Lido em minha vida foi um filme em especial que assisti lá. O filme foi Ghost (Do outro lado da vida). Lembram-se?


Vou contar a situação em que assisti a este filme. De muito jovem tinha um amigo que por circunstancias da vida veio a tornar-se meu compadre, tornamo-nos parentes por escolha, era um grande amigo então. Idos de oitenta e nove e pelas mesmas circunstancias da vida ele veio a falecer, vitima de um acidente de carro, deixando uma viúva, por conseqüência minha comadre. Sua passagem havia ocorrido não fazia dois meses, a dor da perda era imensa, estávamos muito próximos de sua esposa então. Foi quando apareceu o tal filme e ela pediu que fossemos assisti-lo juntos. Quem viu Ghost pode imaginar o impacto que tivemos diante da estória na situação em que estávamos vivenciando. Eu, especificamente, coração de manteiga que sou, derreti-me. Durante a sessão minha preocupação era com a viúva. Curiosamente ela saiu melhor do que eu da sala, por pouco não teve que me consolar.


Após este período nos afastamos e ela reconstruiu sua vida briosamente, tornou-se mãe realizando um sonho que seria impossível com meu amigo. Assim é a vida, às vezes é preciso uma grande perda para obter uma grande conquista. Ela segue feliz.


O cine Lido que também teve sua fase bingo esta fechado, porém não perdeu a vocação, no canto dos tapumes existe uma porta aberta com um aviso onde esta escrito: “Cine Prive”. Movido pela curiosidade tive a pachorra de ver o que faziam no tal Cine Prive, são mini salas individuais em que o “espectador” paga para assistir um filme pornográfico por determinado tempo. Deplorável fim do Cine Lido.


Dedico esta coluna à memória de meu grande amigo Polaco, um dos irmãos por escolha que a vida me deu.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Cinemas de Curitiba - Cine Condor


Chegamos ao Cine Condor. Construído no final da década de setenta era uma luxuosa sala. O proprietário do imóvel fez na entrada do prédio uma galeria, então para entrar no cinema você passava por lojas de discos e outras coisas.


Assisti alguns filmes interessantes no Cine Condor. Vamos lembrar de três. “The Great Gatsby” com Robert Redford, “Como era gostoso meu francês”, filme nacional que narrava uma passagem de nossa história que no final os índios comeram (se alimentaram) o mocinho, e “A Lagoa Azul” que curiosamente será exibida no canal pago Animal Planet no próximo sábado.


Ao lado do Condor funciona até hoje a Savarin Discos, era um programa e tanto, ir ao cinema e depois dar uma bisbilhotada nos “LPs” das bandas favoritas, lá havia um vendedor, hoje aposentado, que conhecia tudo de rock, apesar do preço da loja ser mais caro você sempre acabava encontrando algo interessante lá.


O Cine Condor hoje é um estacionamento, já foi bingo. Uma pena.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Cinemas de Curitiba - Cine Astor

Uma das ultimas salas de cinema a aparecer em Curitiba foi o Cine Astor. Ficava ali na rua Voluntários da Pátria entre o Instituto de Educação e a Praça Osório. Fazia o gênero “cult”, não que exibisse filmes alternativos, mas era uma sala pequena, bem decorada, muito gostosa por sinal.


Não tenho lembrança de algum filme importante que assisti ali. Cine Astor tinha sessões alternadas com outros cinemas da região central, às vezes exibindo o mesmo filme você poderia chegar até ele caso sua agenda não permitisse assistir seu filme nos horários tradicionais já que a sessões ocorriam com horário padronizado em todos os cinemas da cidade, tínhamos sessões começando as duas, quatro, às vezes seis, oito e dez horas.


No cine Astor os horários eram meio intercalados o que facilitava caso você perdesse o “busão” para chegar a tempo no centro da cidade.
Hoje o local do cine Astor passou a ser utilizado por várias lojas de roupas e acessórios.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Cinemas de Curitiba - Cine Vitória

Na minha época de ir ao cinema, mesmo porque nesta época não tínhamos vídeo cassete e muito menos DVD o Cine Vitória era o “must” dos cinemas de Curitiba. Meio deslocado do centro, ficava na Barão do Rio Branco quase em frente a sede da Saúda Pública para chegar até ele dava uma boa caminhada.


Grandes películas (jovens película é o avô do DVD) foram exibidas lá. Assisti Inferno na Torre, O Destino do Poseidon, Os Sobreviventes dos Andes, Um Estranho no Ninho e outros grandes filmes nesta sala.


Duas apresentações marcaram para mim o Cine Vitória, uma delas foi o filme Terremoto, neste caso porque este filme tinha um som poderoso. Para dar a impressão de um terremoto a sala do cinema foi reforçada com caibros de obra, era muito estranho entrar no cinema entre os reforços de madeira que escoravam o teto. Já dava um certo medo só de entrar no cinema.

Outra película que marcou foi a Laranja Mecânica, muito mais pela censura imposta na época do que pela qualidade do filme. Resultado; os nus proibidos pelo generalato foram exibidos com umas bolinhas ridículas que acompanhavam os atores nas cenas de nudez. Era muito divertido.


Vou confessar, algumas vezes beirando os dezesseis anos entrei em filmes que eram censurados para menores de dezoito. Dava um gelo na barriga quando passávamos pelo fiscal que ficava junto à moça que recebia os ingressos. Caso ele desconfiasse que não tivesse a idade necessária e se você não pudesse comprovar a verdadeira idade não entrava mesmo. Tinha mais era que vender o ingresso na boca da bilheteria e esperar que alguma alma caridosa comprasse seu bilhete. A estratégia consistia em comprar uma carteira de estudante falsificada, só que a carteira de estudante valia para pagar a meia entrada e não como prova de idade. Graças a Deus nunca me pegaram.


Cine Vitória atualmente é um Centro de Convenções de Curitiba e continua mal utilizado, este centro de convenções não é tão conhecido como foi o velho cinema.

Adolescentes

Sábado saí para correr. Desta feita não coloquei no MP3 minha seleção de músicas para treino, normalmente rock metal pesado. Resolvi ir ouvindo a CBN. Ele tem um debate todos as sábados no qual discutem assuntos diversos, e o de sábado tratava sobre tecnologia.



Os convidados falaram sobre TVs de LED, celulares, informática, enfim toda a parafernália, tecnológica a disposição no mercado. Como este tipo de programa é destinado ao público mais adulto notei que diversas vezes, ao se expressar, os palestrantes falavam na figura do adolescente. Davam a entender que se determinado dispositivo fosse de difícil entendimento qualquer adolescente poderia resolver o problema em sua casa. Com o que concordo, alias não precisa ser um adolescente qualquer criança pode resolver problemas tecnológicos uma vez que ele tem este conhecimento no seu DNA.


Porem vejam como são as coisas. Eu tenho em minha casa quase todos os confortos que a tecnologia pode propiciar e não tenho adolescente. Será isto motivo de uma justa preocupação ou não devo me preocupar com a escassez de adolescentes?


Esta aí uma boa opção para fabricantes de equipamentos aumentarem suas vendas. Poderiam vender junto com seus produtos adolescentes. Você abriria a caixa de sua TV de LED e dentro junto com o manual teria um jovem em estado de latência. Tudo bem. Você pediria sua ajuda quinze vezes e ele não te daria resposta, contudo depois de ameaçá-lo de estrangulamento ele resolveria seu problemas em míseros dois segundos. Pois olhem, se a indústria não tomar esta atitude eu vou entrar no negócio. Vou montar uma empresa de locação de adolescentes. O processo seletivo esta aberto.

Cinemas de Curitiba - Cine São João

O Cine São João era o cinema mais perto do restaurante de nossa família, ficava a pouco mais de cem metros, era como uma sala particular de exibições. Dava pra sair dois minutos antes do inicio da sessão e chegava-se com folga.



Assisti ali quase todos os filmes dos Trapalhões, o Cine São João exibia todos os lançamentos da trupe. Foi também ali que levei a primeira namorada ap cimema, por conta disto não adianta perguntar qual filme era. Não lembrarei nem sob regressão, só lembro que a moça chamava-se Cida.


Este cinema tentou sobreviver ao ataque da indústria do vídeo cassete (lembra?) e por muito tempo sobreviveu da exibição de filmes pornôs. Hoje o Cine São João virou comércio numa região de terminais de ônibus urbanos. Por onde andará Cida? Será que ficou caidinha como o Cine São João?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Cinemas de Curitiba - Cine Rivoli

O Cine Rivoli ficava ali na Emiliano Perneta, bem próximo a Praça Zacarias. Enquanto esperava o ônibus para voltar para casa podia ficar apreciando seus cartazes. Também foi uma sala que não marcou muito por suas exibições, um dos filmes mais interessantes que assisti ali foi a comédia “A Comilança”, que contava a estória de um grupo de amigos que resolve morrer de tanto comer e para isto fecham-se num castelo para executar seu plano. Recentemente consegui este filme em DVD.

Hoje funciona no local uma loja de eletrodomésticos.

Barólatra


Entre várias teorias que tenho a respeito da vida, em que pese minha eterna juventude tem uma que concluo que existem dois tipos de viciados quando falamos especificamente do alcoolismo.



É que existe o alcoólatra, aquele que é viciado em bebidas alcoólicas e o que poderíamos chamar de botequeiro, aquele que é viciado em bar, o que poderíamos chamar de "barólatra". Mas não imagine amigo leitor que o botequeiro se contenta com qualquer bar, destes que estão na moda e recheados de gente bonita e comida gostosa (nunca ao contrário), botequeiro que se preze gosta de bar chechelento. Adeptos do quanto pior melhor, bar pra este tipo de gente tem que ser feio, aparentar ou estar sujo, e ter aquele cheiro característico de boteco, misto de cerveja derramada com bolor. Entendeu?


Eu tenho um conhecido que faz tempo não vejo, e também não vou citar o nome, que pertence lastimavelmente a esta tribo. Vou contar uma das suas. Vou chamá-lo de mineiro. Certa vez mineiro me convidou para ir até sua casa, lá chegando, mulheres para um lado, homens para outro. Entre os homens começou a rolar a cerveja, bebida que abastecia plenamente sua geladeira. Eu que não tenho o vício da bebida, fiquei no social, abri as antenas de sociólogo e coloquei-me a analisar o que acontecia.


Determinado momento mineiro me chama para dar uma saída, precisava ir comprar algo que estava faltando. Saí em sua companhia. Na verdade não necessitava de nada, o que ocorria é que mineiro precisava dar uma passada no seu boteco preferido, ele estava angustiado como que um outro viciado em estado de síndrome de abstinência. Lá chegamos, um local como poderia dizer, muvuquento, cheio de homens que certamente inspiraram Vinícius em seu poema “Porque hoje é sábado” quando escreve num dos versos: “Porque hoje é sábado e todos os bares estão cheios de homens vazios”.


Mineiro então senta-se, no meio do caos pede e bebe sua cerveja. Terminada, desculpa-se por não poder ficar mais em local tão desagradável e volta pra casa ao encontro de sua família e amigos. Vá entender.


Semana passada, flagrei um botecão destes, chechelento e muvuquento, como aquele que mineiro gosta de freqüentar. Cheio de homens vazios como descreveu o poetinha.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Cinemas de Curitiba - Cine Palácio

Cine Palácio ficava em frente ao Avenida, conforme já disse. Sinceramente, não me lembro de um grande filme que assisti ali. Desta sala tenho apenas uma agradável recordação.



Certa vez, já adolescente, após uma noite de sono mal dormida fui assistir um filme no Cine Palácio. Escolhi a sessão que começava às duas da tarde. Sentei, começou o filme e foi só do que consigo me lembrar, lembro quando fui acordado pelo lanterninha dizendo que precisava ir embora, pois para aquele filme não haveria sessão das seis horas. Saí do cinema pagando o maior mico já que passara a tarde dormindo no cinema. Nem por isto deixei de ao sair ir comer a tradicional pizza com vitamina só que desta feita teve gosto de café da manhã. Hoje o cine Palácio é uma loja da rede MacDonalds, aliás a primeira de Curitiba.


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Cinemas de Curitiba - Cine Avenida

Cine Avenida ficava onde hoje é a Boca Maldita. Uma sala bastante interessante. Lembro que naquela casa assisti dois filmes marcantes em suas épocas. Um deles foi Ben Ur (é assim que se escreve?) e outro um clássico do cinema nacional, O Menino da Porteira, esta sala tinha como hábito passar muitas películas do cinema nacional, como as trilhas do Mazaropi e de outros artistas.


O Cine Avenida ficava em frente ao Cine Palácio, bastava atravessar a rua, assim os dois funcionavam como verdadeiro centro de lazer na cidade, dava perfeitamente para assistir a duas sessões num mesmo dia.


Eu saia do restaurante de meus pais com o dinheiro da entrada mais o suficiente para depois do filme passar na Acrópoles, uma lanchonete na rua XV, e comer uma fatia de pizza e uma vitamina. Quando acabavam as sessões destes cinemas faziam fila pra fazer o lanche ali. Quem tinha dinheiro pagava, quem não tinha comia do mesmo jeito, eles não controlavam mesmo.

Hoje no local que foi totalmente demolido tem uma loja de departamentos, não posso falar o nome pois eles ainda não assinaram contrato de publicidade comigo.