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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Pensando alto - Amor de mãe

Foram terríveis os últimos dias que passei com minha mãe no hospital em que veio a falecer. Passei  com ela as suas ultimas duas noites antes que entrasse no coma profundo que a consumiu.

Não me sai da mente o que foi vivido naquela semana. Ela tinha delírios e insistentemente chamava por sua mãe; minha avó, que nem  cheguei a conhecer. Balbuciava algo como "Quero minha mãe" e "Mãe" como se estivesse procurando no infinito de suas lembranças alguém que a protegesse. Não bastava minha presença e nem menos o que tentava lhe dizer, seu clamor era insistente.

Como sabem, eu converso com fotos. No meu quarto tenho uma foto da minha querida mãe e toda manhã eu a cumprimento como se ela pudesse me ouvir, e às vezes até faço um vão desabafo para a imagem. No meu infinito pessoal  minha mãe estará sempre lá. E por mais que não acredite em vida após a morte e tenha ciência que nossa passagem por esse mundo é unica eu chamarei sempre pela minha mãe. E quem sabe na derradeira hora do meu "delírio tremens" eu a encontre para me confortar.

Quem mais daria a vida por nós?  

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

O Atlético e a minha vida II

Não acabou ontem. Minha angústia segue agora até dia doze de dezembro. Agradeço às orações e pedidos pelo meu time do coração.

Tudo isso me lembra dezembro de 2001 quando fomos campeões brasileiros, justo no dia do meu aniversário. Sinto estar vivendo um revival futebolístico.
Vai dar certo. Depois disso ninguém me aguenta por uns tempos. 
Acho que nem eu. Ha Ha Ha.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

O Atlético e a minha vida

Estava fazendo as contas. O Atlético foi campeão de um título expressivo em 2001. Hoje joga a possibilidade de ir a outra final dezessete anos depois.

Se a média for seguida e fazendo as contas, o que é bem provável, da próxima vez que estiver nesta situação estarei com quase oitenta anos. Nem bem sei se estarei vivo ainda.
Como não acredito em vida após a morte, preciso curtir ao máximo este dia e torcer para que meu "amor mais antigo" chegue à decisão da Sul Americana.

Já não durmo direito à uma semana. Hoje acaba.
Pra cima Furacão!

terça-feira, 27 de novembro de 2018

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Inferno astral

Fui pesquisar sobre o assunto e o Google me deu a seguinte resposta:

"Inferno Astral é uma invenção do século XX. Não há registros desse termo em nenhuma parte da literatura astrológica."

Deve ser algo da minha cabeça mesmo. Sou cético. Não acredito em muita coisa e muito menos em astrologia. Alias, quando alguém que conheço me pergunta sobre meu signo já coloco a pessoa numa estante classificatória diferenciada. 
Mas olhe, analisando os fatos no decorrer dos anos, começo acreditar que esse negócio deve existir; ou seria eu mesmo me sabotando? 

sábado, 24 de novembro de 2018

Aluga-se

Bom final de semana com a linda canção de Bárbara Dias
https://www.youtube.com/watch?v=oN1lbANZM5s

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

A gente morre

Não é meu, mas adoraria ter escrito...

A GENTE MORRE e fica tudo aí,
os planos a longo prazo e as tarefas de casa,
as dívidas com o banco,
as parcelas do carro novo que a gente comprou pra ter status.
A GENTE MORRE sem sequer guardar as comidas na geladeira,
tudo apodrece, a roupa fica no varal.
A GENTE MORRE, se dissolve e some toda a importância que pensávamos que tínhamos,
a vida continua, as pessoas superam e seguem suas rotinas normalmente.


A GENTE MORRE e todos os grandes problemas que achávamos que tínhamos se transformam em um imenso vazio, não existem problemas.
Os problemas moram dentro de nós.
As coisas têm a energia que colocamos nelas e exercem em nós a influência que permitimos.

A GENTE MORRE e o mundo continua caótico, como se a nossa presença ou ausência não fizesse a menor diferença.
Na verdade, não faz.
Somos pequenos, porém, prepotentes. Vivemos nos esquecendo de que a morte anda sempre à espreita.

A GENTE MORRE, pois é.
É bem assim: Piscou, morreu.
O cachorro é doado e se apega aos novos donos.

Os viúvos se casam novamente, fazem sexo, andam de mãos dadas e vão ao cinema.

A GENTE MORRE e somos rapidamente substituídos no cargo que ocupávamos na empresa.

As coisas que sequer emprestávamos são doadas, algumas jogadas fora.

Quando menos se espera, A GENTE MORRE. Aliás, quem espera morrer?
Se a gente esperasse pela morte, talvez a gente vivesse melhor.
Talvez a gente colocasse nossa melhor roupa hoje, fizesse amor hoje,
talvez a gente comesse a sobremesa antes do almoço.
Talvez a gente esperasse menos dos outros,
se a gente esperasse pela morte, talvez a gente perdoasse mais, risse mais,
saísse a tarde para ver o mar, talvez a gente quisesse mais tempo e menos dinheiro.

Quem sabe, a gente entendesse que não vale a pena se entristecer com as coisas banais,
ouvisse mais música e dançasse mesmo sem saber.

O tempo voa.
A partir do momento que a gente nasce,
começa a viagem veloz com destino ao fim - e ainda há aqueles que vivem com pressa!
Sem se dar o presente de reparar que cada dia a mais é um dia a menos, porque A GENTE MORRE o tempo todo, aos poucos e um pouco mais a cada segundo que passa.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

O Moreno da HM

Ao final das aulas, as moças saiam do colégio Regente Feijó em Ponta Grossa e davam um jeito de retornar para suas casas passando em frente a loja Hermes Macedo, também conhecida como HM. Não que lá houvesse algo que desejassem comprar além de pneus, bicicletas, fogões e geladeiras. Peregrinavam diariamente em frente à loja apenas para ver o vendedor bonito, simpático de fala suave a quem atrevidamente apelidaram de o “Moreno da HM”.

E assim as adolescentes do Regente Feijó seguiam sua rotina de desfile diante da loja, com interesses contrários, elas nada mais desejavam do que o coração daquele rapaz. Diante de tamanha insistência e pela vontade do destino o Moreno da HM veio a conhecer Ilza, e por ela, mesmo que pesassem contra diferenças sociais e econômicas, se apaixonou.

Damos um breve pulo no tempo para dizer que o Moreno da HM agora tinha um nome: João. E João namorou Ilza, para tristeza de tantas outras moças, casou-se com Ilza e para felicidade de ambos construíram uma linda família.

O Moreno da HM; Ops! O marido da Ilza cresceu, evoluiu, deixou a HM, concluiu seus estudos, formou-se advogado e fez uma brilhante carreira profissional. E não foi fácil. Da união com Ilza nasceram quatro filhos. Lúcio, Luiz Perci, Leandro e Laércio. Sim, todos com “L” e com muita necessidade de terem uma vida digna. E assim foi feito; João, Ilza e os quatro meninos escreveram sua linda estória.

Quando o homem excede os limites da retidão alicerçando sua casa ele passa então a dedicar-se ao social. Assim foi. João, o bom chefe de família, o homem exemplar foi doar seu tempo às entidades públicas. Teve brilhante participação na gestão de entidades do setor agrícola e também de gestão pública.

Passou o tempo, deixou seu legado, seus filhos e agora netos.

Ah o tempo! Bendito tempo que nos permite fazer tantas coisas.

Ah o tempo! Maldito tempo que nos envelhece e nos torna finitos nesse plano de existência.

Ah tempo! Tempo de despedidas, tempo de reverências, tempo de partir.

O Moreno da Hm, o João da Ilza, o Dr. João Biscaia, o seu João, pai, marido, advogado, homem público partiu. Partiu, deixou saudades, deixou exemplos e caminhos para seguirmos.

Minha sincera homenagem a esse homem exemplar que tive a honra de conhecer. Pai dos meus amigos Lúcio, Luzi Perci, Leandro e Laércio. Marido da dona Ilza; o eterno Moreno da HM.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Tiozão também é cultura

Como dizem algumas de minhas alunas... "Tiozão também é cultura".
Você conhece o termo homônimo?

Pois bem, o termo homônimo usa-se para determinar quando duas ou mais pessoas tem o  mesmo nome. Por exemplo; deve existir com certeza outros Renato De Luca; esses são meus homônimos.

E o termo heterônimo, você conhece?
Ah! Essa é novidade; pois bem vamos a explicação. Heterônimo é quando uma pessoa tem vários nomes diferentes.
Como assim?
Muito usado por autores literários, usam de outros nomes para assumir autoria de obras que não desejem mostrar seu nome original e esses seres imaginários tem personalidade própria que não coincidem com a do autor real. 

Quem muito usou esse recurso foi Fernando Pessoa  que  criou vários heterônimos como Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro. Mas fique esperto para caracterizar o fenômeno tem que ter personalidade própria, caso contrário será apenas um pseudônimo. Já, o criador de um heterônimo quando usa desse recurso torna-se ortônimo.
Esclarecendo tudo. Fernando Pessoa quando criou obras e deu a elas o nome de outro autor com personalidade própria, cria um heterônimo. Quando fez isso, Fernando Pessoa tornou-se um ortônimo do autor que ele criou.
Entendeu cara pálida?

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Um sonho na cabeça, uma dívida no banco

Andreia, a minha santinha da limpeza, chega toda faceira logo cedo e me diz:
"Seu Renato, compramos um carro".

Café pronto, conversa antes de começar o trabalho. Parabenizei-a pela conquista e coloquei-me a investigar como ela e seu marido fizeram a compra. 
Compraram um Uno 2010, basicão mesmo. Lembrando que Uno é o carro popular mais barato do mercado nacional.

Deram uma entrada de três mil reais e assumiram um financiamento de seiscentos e quarenta reais por mês em quarenta e oito vezes. No total o possante saíra pela bagatela de trinta e três mil, setecentos e vinte reais.
Confesso que por um breve momento fiquei com vontade de tentar explicar-lhe o tamanho da c... que fizeram, isso que eu não sei o real estado do veículo que compraram. Foi quando ouvi a minha voz interior dizer; respira fundo Renato, conte até dez.

Um carro que custa à vista perto de doze mil reais, por conta do financiamento eles estão pagando mais do que o dobro. 
Como explicar isso?
Deixa pra lá, melhor entender que é assim que a maioria do povo brasileiro realiza seus sonhos. Com um carnê nas mãos, uma dívida no banco e uma preocupação na cabeça.

Futebol e velhas emoções

Uma das maiores emoções que vivi na minha vida foram as partidas finais do campeonato de 2001 quando saímos campeões. Ontem na Arena reencontramos velhos rivais para disputar uma semifinal de campeonato continental. 

Revivi velhos momentos. Senti-me viajante do tempo. Olhei pro lado para ver se Luciano ainda tinha seus quinze anos. Não mais; agora é pai, mas as emoções se renovam nas lembranças que um time de futebol nos traz.

E pensar que talvez na próxima grande conquista terei a presença de meu neto no estádio é pra fazer chorar antecipadamente. Fim de jogo, faço tudo como fiz a exatos dezessete anos atrás. Pego a moto vou pra casa ouvir os comentários do jogo que não me fazem dormir relembrando velhas emoções. Sim seremos campeões.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Descontraindo

Fui contratado para fazer fotos de um restaurante; fotografar todo seu cardápio. Claro que depois das sessões, que são próximas do horário de almoço, eu acabo ganhando a refeição.

Como estou indo todos os dias dessa semana uma vez que o cardápio varia diariamente, uma das garçonetes enquanto me sirvo vem e me diz: "Vai comer sua modelo?"
Hoje veio com a mesma frase e eu respondi: "A de hoje era um bucho".
Como é bom ser fotografo de produto quando se trata de comida. Bom e divertido.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Na pele dos lobos

Sinceramente, não sei o que faria se fosse na minha casa se durante uma festa pegasse um convidado deitado na cama ao lado da minha mulher. Se não mataria causaria um estrago muito grande na cara do cidadão.

Só estou tentando me colocar no lugar do Junior Brittes que matou o jogador de futebol Daniel durante a festa de aniversário de sua filha, dentro de sua casa. Ao mesmo tempo me coloco no lugar do Daniel e me pergunto se teria coragem de entrar num quarto de uma casa estranha, deitar-me na cama com a dona da casa e fazer algumas fotos só para zoar.
E por ultimo me coloco no papel do advogado Daledone que tem a missão de salvar os Brittes da cadeia. Um caso que oferece tantas vertentes para se organizar uma boa defesa não necessita de mentiras armadas. Essas mentiras estão complicando os envolvidos.

Uma besteira seguida de outra resulta numa tragédia e num enorme interesse popular só porque a mulher era muito bonita, tão bonita que exacerbava o padrão de uma mulher comum. Porque o marido era conhecido como Junior Riqueza e gostava de ostentar. Porque a filha era uma mistura do pai e da mãe e porque o morto foi um total irresponsável com sua própria integridade física.

Imagens do feriado