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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Porto é logo ali

Incrível como são as coisas que tornamos rotina em nossas vidas. Logo mais vou pegar um avião e fazer o caminho de volta pra casa. Serão quase setecentos quilômetros cortando o sul do país. Ainda assim, chego em casa, coloco a roupa para bater na máquina, um afago no Tyson que esta morrendo de saudades. Dá um tampo, pego Katinha e vamos comemorar a semana que encerra com cerveja e lambari frito.

Tudo tão simples, como se estivesse saindo da empresa na cidade industrial. Hoje posso dizer que Porto Alegre é logo ali, para seu espanto, a setecentos quilômetros do boteco de hoje à noite. Bom fim de semana.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Faxina eletrônica

Fiz uma faxina no meu computador. Mandei pro lixo coisas que não tem nada a ver comigo. Documentos estranhos, mensagens estranhas, “amigos” estranhos, coisas e pessoas que nem sei como vieram parar no meu cyber espaço. Dei minha contribuição para diminuição da bobagem eletrônica.

Minha caixa de correio ficou mais leve, meu MSN ficou mais leve, minhas páginas ficaram mais leves.

Ufa! Minha vida ficou mais leve.

Faça isto, sinta-se bem.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Celular aos berros

O centro de Porto Alegre é muito agitado. Por lá circulam diariamente milhares de pessoas que buscam os terminais de ônibus urbanos. Por conta disto o comércio formal e principalmente o informal saõ muito agressivos. São dezenas de ambulantes comprando e vendendo alguma coisa. Ouço sempre, e me agrada o sotaque dos pampas, chamadas como: “Ouro, compro ouro”. Ou ainda: “Cabelo, corto cabelo”.

Dentro deste universo comercializam-se celulares, bijuterias, roupas e tantas outras coisas. Ontem, porém chamou-me a atenção para vários jovens com coletes de operadoras de telefonia celular. Vendiam chips de suas operadoras. Estavam lá, Claro, Vivo, Tim vendendo seus planos de telefonia e principalmente chips de pré-pagos aos berros. Ficou bem interessante ver a postura de companhias de alta tecnologia e que por conseqüência investem pesado em campanhas publicitárias brigando no corpo a corpo por clientes em pleno calçadão da cidade.

Uma boa visão de marketing de algum deles que certamente foi seguida pelas outras. É a rendição das modernas técnicas de campanhas de massa para o modo primitivo de conquistar clientes. Aos BERROS.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Greve

Correios em greve.

Bancos em greve.
Agora só faltam os motoristas de ônibus.
Alguém sabe me responder porque só faz greve quem tem poder de azucrinar a vida dos outros?
E como dizia o refrão da antiga canção da década de setenta:
“Este é um país que vai pra frente. Ou, ou, ou, ou...”

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Blitz da lei seca na hora certa


Hoje cedo, caminho do aeroporto, venho conversando com meu filho sobre os problemas causados pelo álcool e o trânsito. Concluimos que se a polícia não começar a fazer blitz da lei seca no final da madrugada não vai pegar a maioria dos causadores das tragédias que vemos desfilando nos noticíarios.
Fazer blitz das dez às duas da manhã na saída de Santa Felicidade é pura sacanagem, é penalizar o tiozão que vai jantar com a família e toma duas taças do vinho "maravilhoso" Durigan.
Quem detona na manguaça a noite inteira saí da balada às cinco horas da manhã, e são esses os meliantes da boléia que precisam ser penalizados. São os mauricinhos que vão na balada e na saída ficam pondo em risco a vida alheia pelas ruas da cidade. Cansei de ver grupos de jovens visivelmente descontrolados que sairam da festa e foram tomar as ultimas lá no parque Bariguí. É lá que poderiam dar uma dura, garanto que seria muito produtivo.
Depois desta entro no "buzungão à jato" da Webjet, espero que o comandante não tenha excedido no fim de semana. Esta aí nossa sugestão.
Quando a maré é de azar como bem disse meu compadre: "Urubú de baixo faz cocô no urubú de cima".

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ludopédio no parque

Meio dia o pessoal da obra, um grande conjunto habitacional, sai para sua folga de almoço. Quem disse que eles saem para almoçar?

Todo o dia no campinho de futebol do parque tem o clássico do Humaitá, tendo como principais atrações os times da construtora Rossi contra o combinado das transportadoras. Hoje assisti de perto a peleja.
Time da Rossi formou com Mosquito, Canibal, Negão, Baiano e Barriga no comando de ataque. Tudo bem que Barriga não é o nome mais apropriado para um centro avante, mas o time da Rossi não toma gol defendo a zaga tem os “gentis” Canibal e Negão (o nome diz tudo).
O combinado Rossi leva uma tremenda vantagem sobre seus adversários, todos jogam com as botas de obra Jacaré, aquelas com biqueira de aço, o que confere aos chutes uma potência descomunal. E deixa o Barriga acertar uma bica na bola pra você ver o estrago que faz.


Apesar do completo amadorismo é muito divertido e nestas horas você sente a diferença entre um jogo profissional e um amador. Não importa o resultado, não importa a jogada, o que vale é a diversão.


Findo o período lúdico todo mundo põe seu uniforme, não sem antes dar uma enxugadinha no rosto, e voltam pra obra felizes. Hoje o time ganhou de novo desta feita com um golaço do Baiano. Time da Transportadora terá outra revanche amanhã.

Olhando e seguindo em frente


Para chegar até a empresa saio do hotel na região e venho até oi bairro Humaitá aqui em Porto Alegre. Nossa empresa esta situada de frente para um parque que serve como área de lazer para os moradores da redondeza, o parque Mascarenhas de Morais.
Logo aproveito o clima agradável da manhã para caminhar até a empresa atravessando o parque por dentro. Lá no meio tem um banhado aonde fazem ninho um monte de garças. Constituindo uma paisagem pantaneira em plena Porto Alegre. Margeando tem uma pista para caminhada adornada por árvores dispostas numa linha que tendem ao infinito, plano ideal para uma boa fotografia.

Caminhando por esta via fiz um paralelo com a vida. Com uma linda e profunda paisagem à frente porque devo olhar para traz?

Pois bem amigos, não importa os tombos que levou e os buracos que encontrou pelo caminho, olhe sempre para frente, pois o presente e o futuro é o que realmente importam. A vida é bela (e não é um filme de Benini), é real. Acredite.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A imagem fala tudo

Outro dia ouvi uma piadinha referente ao bom momento econômico que o Brasil esta passando e consequente mal momento que os americanos vivem. Diziam que o presidente Obama iria dar o golpe no Brasil, separaria-se da Michele e se casaria com a Dilma, desta forma colocaria a mão em nossas reservas cambiais.
Hoje por consequência de um acordo firmado entre os dois países saiu esta fotografia junto com a notícia.
Fala sério, se a imagem ilustrasse a piada estaria no clima. Olhem a carinha de sacana do Obama, acho que a piada tem fundamento.
Estaria ele olhando para as reservas da Dilma?

Guri de Uruguaiana e Piá Curitibano

Estou passando este vinte de setembro aqui em Porto Alegre, dia da Revolução Farroupilha. Uma verdade seja dita, não conheci maior demonstração de civilidade e conservação de cultura do que esta.
Nas ruas passam pessoas a caráter, desfiles comemorativos e uma infindável agenda de homenagens amplamente divulgada nos canais de televisão e jornais. Dá gosto de ver, tivessem todos os estados do país um apego como tem os gaúchos nosso Brasil seria outro bem melhor.
Conheci num destes programas o humorista local Jair Kobe cujo personagem se chama Guri de Uruguaiana, ele faz várias paródias usando sempre da mesma canção que fala da rivalidade enter duas cidades gaúchas, Uruguaiana e Alegrete. Vale a pena ver no You Tube, tem várias apresentações.
Eu, que já sou quase nativo, entendendo um pouco mais da cultura gaúcha morro de rir com humorista. E para dizer que isto tudo permeia a vida da gente já incorporei o "Bah" no eu linguajar. Viva a cultura gauchesca!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Final de semana no Pântano

Final de semana fomos até a ilha de Santa Catarina, Florianópolis. Kátia me deu de presente um final de semana numa pousada. Praia do sul da ilha fomos parar no Pântano do Sul. Sinistro o nome, mas passa longe de ser um local lúgubre e repleto de crocodilos e abutres. Enfim, de animal mesmo só as baleias dão um show próximas à praia e ali do Mandala ao sabor de uma seqüência de frutos domar vimos o belo show da natureza.

Antes disto, cedo colocamos o pé na estrada e morro acima e morro abaixo vencemos os cinco quilômetros de trilha do Morro do Saquinho (aparece no fim da imagem postada acima). E não é que Katinha agüentou. Uhuuu!
No final da trilha encontramos uma comunidade de pescadores que vivem ao sabor da natureza, inacreditável ver pessoas que a menos de trinta quilômetros do centro de Floripa vivem em suas casa sem luz e sem água encanada, sobrevivendo às custas da extração de mariscos. Chegar até lá é mais ou menos como participar do seriado Lost, voltar no tempo. Em que pese às condições naturais que encontramos fomos muito bem recebidos. Conhecemos o senhor Adailton, artesão que habita sozinho uma das choupanas e gentilmente nos convidou para conhecer seu trabalho.
Nascido no Mato Grosso do Sul, esta no Pântano há mais de catorze anos e vive numa simplicidade monástica. De dar inveja. Ao fundo de sua casinha um córrego trás água fresca e a menos de trinta metros o mar rebate nos rochedos. Não me contenho e pergunto como é a vida naquele local sem energia elétrica. Ele me responde com uma sabedoria profunda, diz que aonde chega energia elétrica a vida estraga, porque com ela vem coisas ruins como vícios e outras encrencas.
Assim foi o fim de semana, cheio de aventuras e descobertas. Hoje cedo subo no avião, vindo para Porto Alegre, da janela vejo minúsculas e remotas localidades. Como Pântano do Sul, um lapso de tempo neste mundo globalizado. Feliz é Adailton, boa semana pra você.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Miss diversidade

Assisti ontem o concurso Miss Universo. Lembrei do tempo em que elas desfilavam com os maiôs Catalina. Fiquei feliz com o resultado, ganho a miss Angola, uma afro descendente, a primeira a vencer o concurso, sinais dos tempos de respeitar as diferenças. Não era propriamente o caso, ela além de mais bonita era a mais simpática entre as oitenta e nove concorrentes.

Alguém saberia me dizer por que o concurso se chama Miss Universo?
Não vi nenhuma representante do planeta saturno concorrendo. Havemos de considerar que o idealizador da competição era convicto de que não existe vida fora de nosso planeta. O mais correto seria chamá-lo de Miss Mundo isto se um dia comprovarem a existência de vida fora da terra.
Independentemente da galáxia a que nos referimos o fato é que o padrão de beleza do concurso de ontem esta bem diferente do padrão de miss do passado. As candidatas estão mais para top models do que para miss, estão mais magras, menos portentosas e muito mais produzidas, quando digo produção falo em turbinas, botox e outros recursos, enfim tudo aquilo que numa competição olímpica seria considerado dopping.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Emo setentão


Quem assistiu o show do emo setentão?

Refiro-me ao show do Roberto Carlos que passou na Globo no sábado. Pobre do ser que não sabe envelhecer, é preciso ter dignidade para assumir a própria idade. Não é o caso do cantor.
Assisti o programa junto com a Kátia e passamos o tempo todo notando o cabelo e o rubor excessivo do artista. Chegamos à conclusão de que no dia do show Roberto deve ter feito um daqueles passeios turísticos pelo deserto, montado num camelo à mercê do sol escaldante.
Quanto ao cabelo, sabemos, sua produção contratou o cabeleireiro da banda Restart. Por isso ficou com aquela cara de Fiuk de santa ceia.
As músicas, as de sempre, aquelas que encantaram gerações, porém amigos, ainda são as mesmas. Nem uma versão acústica, nem ache, nem dance, tudo como era antes. Isto o que torna RC chato.
No fim valeu. Valeu pelo macarrão à carbonara, pelo litro de vinho português, pela companhia e pelas boas risadas.

sábado, 10 de setembro de 2011

Aeroporto do caos


Ainda sobre o assunto infra estrutura de nossos aeroportos. Soube que teve gente deixando carro em fila dupla no Afonso Pena, depois os familiares foram resgatar. Com toda certeza apareceu algum fiscal de trânsito para deixar aquela lembrancinha no para brisa. Afinal de contas é para isto que serve nosso Estado. O caos tem explicação; no ano passado vinte milhões de brasileiros viajaram de avião pela primeira vez, até julho deste ano mais sete milhões fizeram sua primeira viajem. Voar deixou de ser passeio de bacana.
Em Porto Alegre ressurge o movimento “O sul é meu país”, ainda estão querendo dividir o Brasil em dois. A solução não é separar o sul do restante, será preciso separar os honestos dos corruptos. É muito mais fácil e não tem impedimento constitucional. Punições severas e exemplares para esta classe política nojenta seria uma boa alternativa.
Tirei esta de um comercial de tênis que vi hoje. Uma grande verdade:
“Para quem corre toda chegada é uma vitória”.
Eu que sempre chego, mesmo que lá atrás, sei bem o que é isto. 

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Triste registro

Hoje cedo no aeroporto em Curitiba todos os estacionamentos estavam lotados. A imagem era de que toda a cidade saiu para viajar no feriado.
Precisei deixar meu carro em casa de particular que aproveita o descaso governamental com a infra estrutura para ganhar alguns. 
Lamentável, ainda se pensarmos que teremos uma copa do mundo em trẽs anos, deixa de ser lamentável para ser vergonhoso.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Vista Cansada

No hotel onde estou hospedado tem uma equipe muito grande de médicos oftalmologistas. Estão participando de um congresso brasileiro aqui em Porto (é assim que porto alegrense refere-se a cidade).
Observo as eminências pardas a circular entre escalopes e pudins.
E eu aqui me esmerando pra escrever no smart phone por conta da presbiopia que me afeta. Faz parte depois dos cincoenta.
Vontade de gritar: “Socorro! Alguém faça alguma coisa”.
Melhor não. Esqueci meu cartão do plano de saúde em casa.
Bom dia.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Glacimar. Meu herói.

Faz algum tempo, por conta de minha carreira de corredor de rua, venho conhecendo várias pessoas interessantes. Lembro certa vez estava fazendo o costumeiro treino de sábado no Barigui quando conheci o Glacimar. Glacimar é um cara na minha faixa etária, jovem, portanto, que corre numa das equipes de corredores que habitam o parque vários dias da semana. Era véspera de uma prova e ele fazia um treino leve que coincidia com meu ritmo de corrida. Lá fomos nós conversando. Chamou-me atenção o alto astral de meu colega de pista. Demos uma volta completa no parque e Glacimar cumprimentou entusiasticamente pelo menos umas vinte pessoas que passavam no sentido contrário, um verdadeiro político das pistas. Depois desta feita passei a cumprimentá-lo com o mesmo entusiasmo e ele não deixou de incluir-me no rol dos conhecidos importantes; e como é bom receber aquele incentivo quando estamos no auge do desgaste físico e emocional que uma prova de rua nos impinge. Passei a chamá-lo de “Meu Herói”. Lembrei de citar o Glacimar (Meu Herói) neste texto porque sábado, depois de uma semana causticante nos pampas e sem treino, fui correr no parque e lá estava ele, além de toda sua simpatia e incentivo mandou até um copinho de água para refrescar os cinco quilômetros restantes. Como é bom encontrar pessoas de alto astral logo cedo. Glacimar. Todos deveriam ter este alto astral e educação. Com certeza o mundo seria muito melhor. “Valeu Meu Herói”.

domingo, 4 de setembro de 2011

Dúvida

Quinze dias de Rio Grande e só encontrei um japonês.
Alguém sabe me explicar por quê?

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Poesia urbana

Enquanto o carro novo não chega aqui em Porto (refiro-me a Porto Alegre como o povo aqui faz), cansado de andar de táxi, parti para o transporte público mesmo. Confesso tenho tido experiências agradáveis.

Próximo ao hotel em que me hospedo tem um terminal e dali embarco rumo ao condomínio industrial onde a empresa está instalada, o retorno é a mesma coisa o que me favorece.
A prefeitura tem um programa de cultura em que são fixadas nos ônibus poesias. Eu que gosto de poesia aproveito o trajeto e fico caçando as rimas. Como o público é eclético os artistas preocupam-se em falar de maneira coloquial o que torna o trabalho muito agradável e entendível. A de hoje dizia algo assim:


Adoro super-homem
Adoro mulher maravilha
Adoro capitão América
Meus pais não voam
Mas sempre chegaram primeiro.


De ônibus e com poesia o dia nos pampas começa e termina de maneira muito mais agradável.