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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Urbanidade (artigo de Hamilton Lima e Souza)


Urbanidade é um artigo escrito pelo meu amigo publicitário e professor Hamilton de Lima e Souza e foi publicado esta semana no Diário da Amazônia. O artigo tem uma visão muito clara do que representam as eleições municipais para todos nós. Segue o texto:

"Um tanto polêmicos, de dois em dois anos surgem candidatos dispostos a resolver todas as questões pendentes no território brasileiro. São eles candidatos a vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores
e presidentes. Em comum os discursos mirabolantes e promessas que serão
cumpridas apenas com pequena relatividade.
De todos os candidatos teoricamente os vereadores são os que mais se aproximam da população, principalmente nos pequenos centros. Nos grandes alguns representantes são inacessíveis, tamanho o gigantismo
das cidades e a estrutura de filtros que impedem o contato direto com os eleitores.
Estes buscam favores e soluções urbanas, como asfaltamento de ruas, ajardinamento, galerias pluviais entre outros pedidos, limpeza urbana, iluminação entre os pedidos mais comuns. Outros puramente favores
como cargos comissionados. Estes pedidos normalmente constituem alguns
dos itens importantes para o conceito de urbanidade, mas ainda existe a necessidade de escolas e creches, posto de saúde, e até mesmo o item
segurança, que não é função do município. Os municípios criam guardas municipais apenas para proteger o patrimônio público, embora seja comum os membros das guardas se envolverem em outros tipos de atividades.
Curiosamente os eleitores possuem conceitos firmes do que seja urbanidade,
o que nem sempre é comum aos legisladores. A falta de preparo dos representantes populares acaba desviando sua conduta para outros assuntos pouco relevantes como homenagens a comerciantes e cidadãos
ilustres, em detrimento do compromisso com a urbanidade.
As cidades crescem desordenadamente, e a falta de compreensão com a ocupação dos espaços acaba se tornando um calvário para os administradores. Antes mesmo de providenciar candidatos os partidos políticos
deveriam promover reuniões com arquitetos e outros profissionais
com o intuito de oferecer à população soluções humanas mais bem preparadas.
Nas grandes cidades é perfeitamente viável. O que parece é que os partidos políticos no afã de conquistarem espaço deixam de selecionar melhor os seus representantes. O resultado é evidente.
Representantes populares sem noção da administração de espaço e da importância do atendimento populacional e as relações homem/meio ambiente serão eleitos novamente no mês de outubro.
Seria interessante que os eleitores antes de finalizar suas opções analisassem
a capacidade dos candidatos a vereadores e prefeitos de entender o que é urbanidade e as suas implicações. Assim teriam mais garantias de qualidade de vida pelos próximos anos."

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