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terça-feira, 3 de junho de 2014

A vida sem a morte

A morte realmente regula a vida de todos nós. Pode parecer incoerência, mas é uma verdade absoluta para mim. Vejamos se não existisse a morte, ou seja, se fossemos eternos quanta coisa seria diferente.
Se a morte não existisse as religiões seriam mais honestas pois não precisariam vender a garantia da vida eterna.
Se não houvesse a morte seriamos então felizes para sempre no casamento como prega o dito, seria inútil a frase: "Até que a morte os separe" . Se não houvesse a morte viveríamos as situações mais estranhas como ir para Roma e assistir uma missa celebrada por ninguém mais do que Cristo. Certamente se não houvesse a morte Hitler, Mussolini e Saddam Hussein seriam vizinhos de cela em Guantánamo e poderiam sair no indulto de natal. A história não existiria como ciência uma vez que cada personagem contaria a sua própria.
Se não houvesse a morte no MAM haveria uma vernissage das ultimas obras de Michelangelo. Tanta gente boa estaria por aqui e lamentavelmente tanta gente ruim também.
Se não houvesse a morte grandes amigos estariam todos fins de semana lá em casa, teria conhecido meus avós, bisavós, tataravós e até Adão assim como Eva, estaria convivendo mais com meu pai que  moraria com minha mãe no mesmo lugar.

Senão houvesse a morte, pode parecer mais uma loucura querer imaginar isto, mas com toda certeza se não houvesse a morte não existiria a palavra “saudade”.

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