Já faz três anos que tudo aconteceu foi por muito pouco que em quinze de dezembro de 2021 não fui acertar as contas com o criador. Foi o dia em que me acidentei com a motocicleta.
Passado todo este tempo pouca coisa, além de cicatrizes, ficou para relembrar. Incrível como a vida volta ao normal e nos esquecemos de fatos importantes por qual passamos.
As vezes me pego vendo uma moto passar na rua e brota aquela vontade de pilotar.
Penso: “Só uma voltinha”.
É como um viciado que sofre recaída ao sair da clínica de reabilitação. Se aceitar a sugestão o vício volta.
Para estas situações criei um mecanismo de bloqueio. Se bate esta recaída, rapidamente me lembro da situação em que me meti. O passeio no SIATE, os dias no hospital, o olhar cuidadoso de minha esposa e o pedido para não andar mais na motocicleta. Ela sentenciou:
“Chegou a hora de ser só avô. Chega de motocicleta”.
Confesso que já concluí que motocicleta faz parte do meu passado, assim como já deixei lá num canto da memória tanta coisa, tanta gente. Tem situações, coisas e pessoas que é melhor esquecer. Vicia.
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