Se tivesse que dar um preço para os dedos de sua mão direita e para sua vida quanto você pediria?
Certamente a sua vida vale muito mais do que os dedos da mão. Correto?
Pois bem, num papo filosófico (também chamado de papo cabeça) me provaram quem nem sempre é assim. No caso estamos falando baseados em decisões judiciais. Analise a situação:
Um operário que trabalhava a muitos anos numa determinada empresa perdeu três dedos da mão direita numa prensa. Pela perda foi indenizado na justiça com cem mil reais. Passado alguns anos o mesmo operário foi acometido de uma doença originária de seu ambiente de trabalho. Morreu. Sua esposa em pose de laudos médicos acionou a empresa na justiça. Foi indenizada em quarenta mil reais.À luz do entendimento racional podemos pensar que se trata de um sofisma. Aqueles raciocínios filosóficos usados para provar absurdos. Mas não é. Aí que entra a explicação dos especialistas em direito.
O que acontece é que a indenização dos dedos da mão foi paga ao dono dos dedos perdidos, logo o homem foi indenizado por uma dor maior e a conseqüente incapacidade de ter uma vida normal após o ocorrido. Já a indenização pela morte do homem foi paga para a viúva que nem relação teve com a empresa empregadora, e em que pese os danos decorrentes da ausência do marido não teve o prejuízo de morrer como o seu marido. Logo se a indenização tivesse sido solicitada e paga para o morto com certeza seria muito maior, mas como morto não pode ir ao tribunal brigar por seu direito fica do jeito que esta.
O exemplo serve para esclarecer o que é Assédio Moral, que nada mais é do que tentar dar valor a dor que uma pessoa possa sofrer. Achei muito interessante de tal forma estou publicando para seu conhecimento e discussão.
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