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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Uma linda história "da" vida (Não dependerá de você)

Euclides e Darci vieram para Curitiba por conta do trabalho dele em 1986, foi quando nos conhecemos. Uma bela família constituída de três filhos e o casal e por aqui ficaram.

O tempo passou e as mudanças profissionais nos afastaram um pouco, porém não por isto diminuiu o carinho e nossa amizade.


Porque estou escrevendo isto?
Escrevo porque a vida reservou a Euclides e Darci fatos muito interessantes e que nos fazem pensar. Vejamos (ou seria leiamos?):


Euclides e Darci realizaram o sonho de constituir sua própria empresa o que proporcionou uma vida confortável e de muito trabalho a ambos. Ele responsável pelo comercial da empresa rodava o país atrás dos clientes, ela que originariamente começou o negócio ficava com a produção e a parte administrativa. Neste corre-corre de ser empresário Euclides foi fazer o seu check-up. Realizados todos os exames retornou ao médico para saber o veredicto. Estava tudo bem, e assim ele poderia seguir tranqüilo com suas atividades dentre elas uma reforma na sede da indústria. Saiu do consultório com sua camionete e alguns materiais, ao chegar no seu destino foi descarregá-la e acometido de mal súbito veio a falecer, seu coração desconhecendo os resultados positivos parou de bater. Foi-se Euclides.


Darci e os filhos recuperaram-se da súbita e inusitada perda e a vida seguiu, dentre o patrimônio construído ficou um sitio na serra de São Luiz do Purunã. Próximo a este local passa a estrada de ferro que liga o interior a capital e por onde circulam trens transportando nossas riquezas agrícolas. No trecho tem uma enorme ponte conhecida como Ponte dos Arcos, tão longa e alta que chama a atenção por sua imponência. Certo dia Darci e alguns de seus familiares foram passear na estreita ponte e quando por ela passavam veio a composição. Em pé no meio do vão não teriam outra chance, ou pulariam o abismo, ou seriam levados pelo trem. Restou a defesa de se deitarem na beirada dos trilhos enquanto o trem passaria. Quis a sorte que Darci nesta situação fosse atingida por uma parte do trem o que resultou em sérios ferimentos como um edema cerebral profundo e fraturas.


Quase quinze dias em coma e meses após ela recuperou-se para espanto de todos, inclusive da equipe médica que a atendeu. Esta muito bem, sem nenhuma seqüela, apenas uma nova e grande moleira e alguns parafusos na cabeça.


Vejam como é a vida. Sair de um médico com exames positivos e morrer menos de uma hora depois ou ter um trem passando quase que sobre sua cabeça e recuperar-se espantosa e milagrosamente. Pra mim só tem uma explicação: Chegou ou não chegou a sua hora, não dependerá jamais da sua vontade.


Darci atulamente vive muito bem, dona de uma vitalidade e uma alegria ímpares. Pela nossa conversa entendi que seu acidente ajudou-a a aceitar e superar a perda de seu querido Euclides. Viva a vida Darci, um beijo no seu coração. 

Ponte dos Arcos

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